Ginástica Artística
O dicionário define ginástica como o “ato de exercitar o corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade”. Assim, é possível dizer que a modalidade existe desde o princípio da humanidade. Mas foi na Grécia que ela passou a ser praticada como atividade esportiva.
Séculos depois, na Europa do Renascimento, surgiram esboços dos movimentos que hoje servem de base para o esporte. Porém, a organização da Ginástica Artística como a conhecemos, com regras e aparelhos específicos, aconteceu em 1811, na Alemanha. O professor Friedrick Ludwig Jahn abriu o primeiro campo de Ginástica de Berlim e propagou a modalidade pela Europa.
A popularidade da Ginástica Artística levou à fundação da Federação Européia de Ginástica (FEG), em 23 de julho de 1881, em Bruxelas, na Bélgica. Em 1921, a FEG agregou países de outros continentes e se transformou na Federação Internacional de Ginástica (FIG). Atualmente, com sede em Moutier, na Suíça, a FIG possui 121 países filiados.
A Ginástica Artística é um dos esportes mais tradicionais dos Jogos Olímpicos. Tanto na Era Antiga quanto na Era Moderna das Olimpíadas a modalidade sempre foi prestigiada pelo público. A popularidade levou a FIG a realizar campeonatos mundiais específicos da modalidade, a partir de 1903. Em 1928, a Ginástica Artística, que era restrita aos homens, passou a ter competições femininas.
A FIG atualmente é composta por cinco comitês. Quatro são relativos às modalidades competitivas (ginástica artística masculina, ginástica artística feminina, ginástica rítmica desportiva e ginástica aeróbica) e um à ginástica geral. A Ginástica Artística é também conhecida como Ginástica Olímpica.
Na Ginástica Artística, homens e mulheres não disputam as mesmas provas. Os torneios masculinos incluem solo, salto sobre o cavalo, cavalo com alças, paralelas, barra fixa e argolas. Já os femininos têm salto sobre o cavalo, paralelas assimétricas, trave e solo.
GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA
Os homens competem em seis aparelhos – salto sobre o cavalo, barras paralelas, cavalo com alças, barra fixa, solo e argolas. A nota inicial das séries masculinas é 8.6. Para atingir a nota máxima de partida – 10 pontos – os ginastas devem executar, além dos movimentos obrigatórios, elementos extras que bonificam suas rotinas.
I – SOLO
O exercício de solo para homens dura entre 50 e 70 segundos e ao contrário do feminino não é acompanhado de música.
II – CAVALO COM ALÇAS
Está a 1,05 metro do solo e tem 1,60 metro de comprimento. O ginasta deve executar movimentos contínuos de círculos e tesouras. Somente as mãos devem tocar o aparelho.
III – ARGOLAS
Estão a 2,55 metros do solo. Durante a apresentação o ginasta deve ficar pelo menos dois segundos parado numa posição vertical ou horizontal em relação ao solo. As argolas devem sempre permanecer paradas.
IV – SALTO SOBRE CAVALO
O cavalo está a 1,35 metro do solo. O ginasta deve comunicar aos árbitros qual salto irá realizar para que se possa atribuir a nota de partida.
V – BARRAS PARALELAS
Estão a 1,75 metro do solo. Durante a apresentação o ginasta deve executar um movimento em que ambas as mãos não estejam em contato com o aparelho.
V – BARRA FIXA
Está a 2,55 metros de altura. Durante a execução da prova o atleta deverá manter-se durante em movimento realizando movimentos como mortais e saltos carpados.
GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA
A Ginástica Olímpica Feminina, modalidade constituída por quatro aparelhos, ou provas, onde as ginastas apresentam-se na ordem olímpica.
I – SALTO SOBRE O CAVALO
Todos os saltos devem ser realizados com repulsão de ambas as mãos sobre o cavalo. A distância da corrida pode ser determinada individualmente. No limite máximo de 25 mts.
A chegada no trampolim deve ser com os dois pés e pode ser:
da corrida de aproximação ou de um elemento.
São permitidas 3 ( três ) corridas de aproximação, desde que a ginasta não tenha tocado o trampolim e ou o cavalo. Não é permitida uma quarta corrida.
Os saltos encontram-se classificados em quatro grandes grupos, onde os valores variam de 8 a 10.00 pts.
II – BARRAS PARALELAS ASSIMÉTRICAS
A avaliação do exercício começa com a impulsão no trampolim, ou colchões.
O exercício deve ser composto de elementos de diferentes grupos. As partes de dificuldade A – B – C – D e E devem representar uma variedade dos seguintes grupos de elementos:
Dos grupos estruturais devem ser executados elementos com giros sobre o eixo longitudinal (piruetas) e transversal (mortais), trocas de tomadas e elementos com vôo.
III – TRAVE DE EQUILÍBRIO
A avaliação do exercício começa com a impulsão no trampolim até a saída nos colchões.
A duração do exercício na trave de equilíbrio não poder ser menor de 1 minuto e 10 segundos, nem maior que 1 minuto e trinta segundos.
Durante o exercício devem ser criados pontos altos e dinâmicos com:
A. Elementos acrobáticos e ginásticos de diferentes grupos.
B. Variações no ritmo entre movimentos rápidos e lentos, para frente, lado e para trás.
C. Mudança do trabalho próximo e afastado da trave.
IV – SOLO
A avaliação do exercício começa com o primeiro ginástico ou acrobático da
ginasta. A duração do exercício de solo não pode ser menor que 1 minuto e 10 segundos nem maior que 1 minuto e trinta segundos.
O acompanhamento musical pode ser orquestrado, piano ou outro instrumento sem canto.
Ultrapassar a área de solo ( 12 m x 12 m ) significa tocar o solo com qualquer parte do corpo, fora da linha demarcatória, a cada ultrapassagem existe uma dedução
As partes de valor ( dificuldade ) A – B – C – D e E devem pertencer aos seguintes grupos de elementos:
Elementos acrobáticos com ou sem fase de vôo para frente ou para o lado e para trás.
Elementos ginásticos, tais como: giros, saltos, combinações de passos e corridas e ondas corporais
Links:
Ginástica Masculina: http://pan2007.globo.com/PAN/Noticias/0,,MUL37069-4356,00.html
Ginástica Feminina: http://pan2007.globo.com/PAN/Noticias/0,,MUL37661-4420,00.html
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